A produtividade e a rentabilidade da soja são constantemente desafiadas por doenças que afetam a lavoura em diferentes estágios do ciclo da cultura. Para garantir um manejo eficiente, a integração de estratégias operacionais e técnicas é essencial, conforme destaca Ricardo Balardin, engenheiro agrônomo, PhD e CSO da DigiFarmz, empresa de tecnologia para o agronegócio.
Segundo Balardin, controlar doenças na soja não se resume apenas à escolha dos produtos ou ao monitoramento da lavoura. “Fatores climáticos, a escolha da cultivar e a época de semeadura podem ser tão decisivos quanto as medidas de controle adotadas”, afirma. Cultivares altamente produtivas, por exemplo, tendem a ter menor rusticidade, o que pode aumentar sua susceptibilidade a doenças.
Nos últimos anos, a adoção de práticas tecnológicas tem sido cada vez mais comum, mas também tem elevado os custos de produção. Esse aumento tem levado produtores a priorizarem aspectos operacionais e gerenciais, muitas vezes em detrimento da parte técnica, o que pode comprometer a eficácia no controle de doenças e a rentabilidade da lavoura.
Entre as principais doenças foliares que afetam a soja, destacam-se:
- Antracnose (Colletotrichum truncatum): pode causar perdas de até 100%, impactando diretamente na população de plantas, qualidade das sementes e rendimento de grãos. O fungo se desenvolve melhor sob molhamento foliar prolongado e temperaturas entre 18 e 25ºC.
- Crestamento foliar (Cercospora kikuchii): provoca redução no rendimento de grãos de até 15%, além de comprometer a germinação das sementes. O fungo se dissemina por sementes infectadas e restos culturais e é favorecido por condições de alta umidade e temperaturas elevadas.
- Mancha-Alvo (Corynespora cassiicola): responsável por perdas entre 18% e 32% na produtividade, afeta folhas, ramos, vagens e sementes. Sua incidência está relacionada à umidade relativa elevada e ao uso de cultivares suscetíveis.
- Mancha-Parda (Septoria glycines): amplamente disseminada no Brasil, pode reduzir a produtividade de 8% a 15% em cultivares suscetíveis. Condições de alta umidade favorecem o fungo, enquanto sua disseminação ocorre com ventos e esporulação em períodos secos.
Diante desse cenário, a estratégia ideal para o controle de doenças na soja está na adoção equilibrada de medidas operacionais e técnicas. “Para maximizar a rentabilidade, é essencial integrar boas práticas de manejo com decisões embasadas em dados técnicos e condições específicas da lavoura. E isso, hoje, é permitido com precisão através da tecnologia avançada”, conclui Balardin.
Atualmente, a tecnologia tem um papel fundamental na tomada de decisão para o manejo fitossanitário da soja. A DigiFarmz, referência em soluções digitais para o agronegócio, se destaca por oferecer funcionalidades inovadoras que combinam mais de 20 anos de pesquisas a campo e em casas de vegetação, conduzidas na América do Sul e América do Norte. A plataforma analisa mais de 50 parâmetros, abrangendo doenças, plantas daninhas, nematóides, genética e clima em tempo real, gerando recomendações personalizadas para cada talhão.
Esses dados são transformados em insights agronômicos práticos, capacitando produtores rurais, engenheiros agrônomos e distribuidores agrícolas a otimizarem suas estratégias, aumentando produtividade, lucratividade e sustentabilidade. Adaptável à realidade de cada lavoura, independentemente da localização, a DigiFarmz permite decisões mais informadas e assertivas, garantindo maior eficiência no manejo agrícola.
Soluções inteligentes já disponíveis no mercado, como o DigiFarmz Cropper e o DigiFarmz Linkage, ampliam essas possibilidades ao oferecer ferramentas avançadas para a gestão fitossanitária e operacional. Além disso, a DigiFarmz oferece outras soluções através de seu aplicativo gratuito, disponível em português, inglês e espanhol, para dispositivos Android e iOS.