No campo, dados ganham força: a nova lógica que está mudando a produção agrícola

Não basta adotar tecnologia: é preciso adotar uma nova lógica de produção. Uma lógica baseada em dados, conectada à realidade do campo e orientada por resultados.


No atual cenário do agronegócio, em que a margem de erro é cada vez menor e as condições de mercado e clima exigem precisão, não basta adotar tecnologia: é preciso adotar uma nova lógica de produção. Uma lógica baseada em dados, conectada à realidade do campo e orientada por resultados.

Essa é a proposta da DigiFarmz, empresa de tecnologia agrícola que oferece as soluções DigiFarmz Cropper, voltado ao produtor rural, e o DigiFarmz Linkage, direcionado a revendas, cooperativas e empresas do setor. Ambas têm como ponto de partida a pesquisa agronômica, conduzida em diferentes regiões do Brasil, Paraguai e Estados Unidos, sob condições que as orientações sejam efetivamente representativas da realidade de cada cliente.

Leonardo Furlani, coordenador técnico de Pesquisa e Desenvolvimento da DigiFarmz, resume o desafio: “Todas as recomendações que entregamos vem do campo. Realizamos experimentos todos os anos para manter as informações atualizadas obtidas em  diferentes regiões, sob várias épocas de semeadura, condições climáticas e genéticas, para que os resultados sejam confiáveis, representativos e possam abranger a maior variação possível”.

Desde 2019, a DigiFarmz já conduziu mais de 600 experimentos, em mais de 45 localidades no Brasil e no Paraguai, avaliando mais de 250 cultivares e híbridos. Há três anos, as pesquisas também vêm sendo realizadas nos Estados Unidos. Este volume de trabalho é uma sequência ao que foi iniciado em 1999 pelo engenheiro agrônomo, Ricardo Balardin, PhD e CRO da DigiFarmz, se constituindo em um acervo sólido e incomparável de dados orientado à obtenção de altas produtividades nas culturas anuais de grãos. .

Os estudos cumprem papéis distintos: validar se as sugestões fornecidas pela solução funcionam no campo, analisar novas tecnologias, produtos e cultivares, e investigar sistemas integrados de produção, olhando não apenas para uma safra, mas para o impacto das decisões ao longo dos anos.

Furlani cita exemplos práticos: a repetição do mesmo cultivo em safras consecutivas pode aumentar a pressão de pragas e doenças; a sequência de aplicações do mesmo insumo químico acelera o desenvolvimento de resistência; já o uso de culturas de cobertura, além de proteger o solo e favorecer a ciclagem de nutrientes, pode elevar significativamente os patamares de produtividade das culturas. “Há lacunas no sistema produtivo que, se bem exploradas, geram retorno econômico. Nosso papel é alimentar nosso databank com dados concretos, adaptados à realidade de cada produtor ou empresa, permitindo que os algoritmos da DigiFarmz possam entregar valor aos seus clientes”, afirma.

A partir de setembro, a DigiFarmz inicia uma nova frente de pesquisa. Os projetos serão conduzidos em uma mesma área onde a sequência dos cultivos, fertilidade do solo, nutrição de plantas, manejo sanitário e gestão econômica estão totalmente interligados, sendo medido como os diferentes fatores irão influenciar em suas performances. A duração deste projeto será de um mínimo de cinco anos. O objetivo é comprovar, na prática, o que a teoria e a experiência já indicam: que olhar o sistema como um todo é a chave para produtividade e rentabilidade sustentáveis.

A proposta da DigiFarmz é entregar ao produtor rural e às empresas do agro um modelo de decisão técnica e contextualizada, capaz de reduzir riscos e ampliar resultados. Como define Furlani, “não é apenas sobre usar tecnologia, mas sobre mudar a forma de produzir”.

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