A safra 2024/25 de soja caminha para o encerramento com uma produção estimada em 166 milhões de toneladas, conforme apresentado pelo consultor Ronaty Makuko, da Pátria Agronegócios. O número representa um recuo em relação à projeção otimista de dezembro (175 mi t), influenciada pela forte seca registrada em janeiro e fevereiro, especialmente em estados como Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
Apesar das perdas, o Brasil consolida sua posição como maior produtor mundial de soja, superando os Estados Unidos. A estimativa é que o país responda por 40% da produção global em 2025/26, enquanto os EUA devem recuar para 29%. Esse avanço é sustentado pelo bom desempenho de estados como Mato Grosso, Goiás, Bahia, São Paulo e Minas Gerais, que compensaram parte das perdas nas regiões mais afetadas.
A produtividade média nacional está abaixo de 60 sacas/ha, reflexo direto das adversidades climáticas e da perda de vigor em áreas que inicialmente mostravam alto potencial. Ainda assim, os patamares atuais sustentam uma produção robusta, em um ano marcado por incertezas e mudanças no mercado internacional.